Thursday, June 21, 2007

Gestos quotidianos



Entre riso e sangue,

cabeça e espada,

entrada e saída,

flor e escarro,

sempre a vida,

a vida sem mais nada,

entre estrela e barro.

Entre homens e bichos,

entre rua e escadas,

entre grito e nojo,

a vida com seus lixos

e mãos violadas,

entre mar e tojo.

Entre uivo e poema,

entre trégua e luta,

vida no cinema,

no café, na cama,

vida absoluta.

António Rebordão Navarro

A Vida sem Palavras

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