uma ou outra imagem luminosa,
carregada de sombra deslocada.
E então, solenemente, atiravas-me
com ela: eu era o dono dos meus
próprios dedos e deles saíam faíscas,
era uma luz que nunca mais se apagava.
De morrer a rir, nunca tive nenhum
fogo a sair-me dos dedos, às vezes
até parecia uma coisa que não era.
Helder Moura Pereira
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